Inúmeros estudantes se manifestaram nesta terça-feira em Argel, em pleno Ramadã, exigindo a saída do poder dos "ladrões" e "traidores", ligados ao regime do ex-presidente Abdelaziz Bouteflika.
Desde a renúncia de Bouteflika, o exército assumiu o governo e o chefe de gabinete, o general Ahmed Gaid Salah, leal ao ex-presidente por 15 anos, tornou-se "de fato" o novo homem forte do país.
Houve também protestos sem incidentes em outras cidades universitárias da Argélia, segundo o site de notícias online TSA (All About Algeria) e as redes sociais.
Em Argel, a maior parte da marcha se dispersou pacificamente no começo da tarde.
No centro da capital, vários milhares de estudantes se reuniram do lado de fora do escritório central dos Correios, que se tornou o ponto de encontro dos manifestantes em Argel. Forçando os vários cordões policiais sem violência, conseguiram chegar à sede da Assembleia Nacional Popular (APN, a câmara baixa do Parlamento).
O mês do Ramadã, durante o qual a maioria dos argelinos são privados de comer, beber e fumar do nascer ao por do sol, entra em sua segunda semana e, apesar do calor, o movimento estudantil em Argel não parece enfraquecer desde o início de protestos sem precedentes em 22 de fevereiro.
* AFP