Pelo menos 44 pessoas morreram no final de semana no oeste da Etiópia em confrontos entre diferentes comunidades étnicas, informou nesta terça-feira um meio de comunicação próximo às autoridades.
Os confrontos ocorreram na fronteira entre as regiões de Oromia e Benishangul-Gumuz, indicou a Walta Media e Communication Corporate (WMCC).
Segundo o diretor de comunicação de Benishangul-Gumuz citado peao WMCC, a violência estourou após o assassinato de quatro líderes da região por homens armados não identificados em Oromia, para onde haviam ido falar sobre a situação de segurança.
Os confrontos opuseram grupos de jovens com pedras ou facas, principalmente das etnias Gumuz e Oromo, segundo uma testemunha contatada pela AFP. As forças de segurança federais tiveram que intervir, segundo o funcionário citado pela WMCC.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), cerca de 70 mil pessoas deixaram suas casas por causa da violência, que começou em 26 de setembro, quando os quatro responsáveis morreram.
A região em causa é disputada há vários anos pelas duas regiões. Benishangul Gumuz está localizado no oeste da Etiópia e faz fronteira com o Sudão. Oromia vai do oeste ao sul passando pelo centro do país.
Os primeiros meses de governo do novo primeiro-ministro reformista Abiy Ahmed, que tomou posse em abril, foram marcados por confrontos interétnicos. A violência causou o deslocamento de um milhão de pessoas.
* AFP