Depois de cinco meses de trabalho sem registro na carteira profissional em uma metalúrgica em Guarulhos, na Grande São Paulo, Diego Souza recebeu a notícia que mais temia no começo da pandemia: a empresa ia demiti-lo. Logo depois, outra má notícia: por atrasar em um mês o aluguel de R$ 500, a proprietária pediu as chaves do quarto onde morava. Sem emprego e sem teto, o torneiro mecânico de 33 anos pensou, em abril, que teria mais chances na capital. Nada melhorou. Ele chegou a viver seis dias na Praça da República, no centro, dormindo sob a marquise do Cine Marabá. Ainda está sem trabalho, mas conseguiu uma vaga para dormir no Centro Temporário de Acolhimento Alcântara Machado, na zona leste.
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Covid 'empurra' desempregados para ruas e abrigos
Estadão Conteúdo
Goncalo Junior e Marcia De Chiara