A transferência de Rony para o Al-Rayyan, do Catar, não vai mais acontecer. O atacante do Palmeiras tinha tudo acertado com a equipe comandada pelo técnico Artur Jorge, ex-Botafogo, mas os trâmites burocráticos para selar o acordo não foram resolvidos antes do fechamento da janela de transferências do Oriente Médio. O jogador sequer viajou e permanece em São Paulo.
O Palmeiras aceitou proposta de 6 milhões de euros (R$ 36,7 milhões) na quarta-feira e enviou no mesmo dia a documentação. Porém, o Al-Rayyan não enviou a passagem de avião até esta quinta-feira.
Apesar de ter até esta sexta-feira, 31 de janeiro, para definir a contratação, o Al-Rayyan não teria mais tempo hábil para assinar com Rony. Isso porque o jogador ainda precisaria enfrentar uma viagem de pelo menos 16 horas e passar por exames médicos para fechar negócio. A baixa oferta de voos para o Catar e o fuso, de seis horas à frente, atrapalharam a situação.
Rony continua com futuro indefinido. Ele segue fora dos planos do Palmeiras e não será reintegrado ao elenco principal, pelo menos por ora. É público o desejo do clube de negociar o atleta, que perdeu a titularidade em 2024 e passou a ser contestado e criticado por parte considerável da torcida. Até mesmo Abel Ferreira, que tanto defendeu o atleta, concorda que é saudável que o atacante de 29 anos busque um novo clube em 2025, dado o desgaste no time paulista.
O Palmeiras chegou a aceitar uma oferta do Fluminense por Rony de 8 milhões de euros (aproximadamente R$ 48 milhões), quantia inferior à oferecida pelo Al-Rayyan, mas o atacante queria receber um salário maior do que o oferecido pelo time carioca, de mais de R$ 1 milhão. Ele também conversou com Santos e Atlético-MG.
Rony chegou ao Palmeiras em 2020 após boa passagem pelo Athletico-PR. À época, o time alviverde desembolsou R$ 28 milhões por 50% dos direitos do jogador - a outra metade é dividida entre o clube paranaense e o próprio atacante. Ao longo de cinco temporadas, o camisa 10 marcou 70 gols em 283 partidas.