O clube sério Estrela Vermelha, que pediu ao seu time de basquete que não levantasse uma faixa em apoio à Ucrânia antes do jogo de domingo pela Euroliga contra o Zalgiris da Lituania, criticou nesta segunda-feira a "politização" da atitude de seus jogadores.
"Em nossas comunicações oficiais com a Euroliga e a diretoria do Zalgiris, deixamos claro com vários dias de antecedência que não permitiríamos nenhuma politização e que não levantaríamos nenhuma faixa com a bandeira de nenhum país", informou o Estrela Vermelha em comunicado.
O time de Belgrado, cidade anfitriã da fase final da Euroliga, que será disputada em maio, indicou que, como representante de seu país, deve "seguir a posição oficial" da Sérvia sobre a guerra na Ucrânia.
A Sérvia condenou a invasão russa na Ucrânia na ONU, mas é contra a imposição de sanções a Moscou.
O jogador americano do time, Aaron White, mostrou sua oposição à guerra: "como equipe, nos disseram para não tocar a bandeira. Gostaria de deixar claro que eu não apoio a guerra e quero paz no nosso mundo", escreveu White no Twitter.
Antes do jogo, só os jogadores do Zalfiris e os três árbitros levantaram a faixa com as cores da bandeira da Ucrânia, na qual lia-se: "Parem a guerra".
O Estrela Vermelha pediu à Euroliga que abra "com urgência" um "processo disciplinar para punir esta violação dos princípios e regras básicas" da competição.
"O Estrela Vermelha deve, por sua vez, exigir aos participantes do jogos em Belgrado que levantem uma bandeira com a frase 'Kosovo é da Sérvia'?", perguntou o clube, referindo-se à província sérvia de maioria albanesa que proclamou unilateralmente sua independência em 2008.
* AFP