O mundo do futebol norueguês se manifestou neste domingo contra um boicote à Copa do Mundo do Catar-2022, algo que era reivindicado por vários clubes e grupos de torcedores em resposta às condições dos trabalhadores migrantes no emirado.
Em um congresso extraordinário convocado pela Federação Norueguesa de Futebol (NFF) para examinar esta questão espinhosa, 368 delegados votaram a favor de uma moção de rejeição de um boicote, enquanto 121 defenderam a ação de protesto de não participação.
A votação era um momento muito esperado, já que a Noruega poderia se tornar o primeiro país do mundo a decidir não ir ao Catar-2022.
O resultado deste domingo significa que Erling Haaland, uma das superestrelas do momento, ainda tem chances de estar no grande evento do futebol mundial no ano que vem (de 21 de novembro a 18 de dezembro de 2022).
Diante da pressão de torcedores e clubes indignados com as condições dos trabalhadores migrantes e a situação dos direitos humanos no Catar, a Federação Norueguesa de Futebol (NFF) decidiu convocar este extraordinário congresso online para tratar deste assunto delicado.
"Um boicote significa virar as costas ao Catar e aos seus desafios e privar-nos da possibilidade de nos comprometermos para que haja melhorias", declarou o presidente da Federação norueguesa, Terje Svendsen, no início dos debates.
A seleção norueguesa, que não participa da fase final de uma grande competição de futebol masculino desde a Euro 2000, faz parte do grupo G das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2022, junto com Holanda, Turquia, Montenegro, Letônia e Gibraltar.
A Noruega ocupa atualmente o quarto lugar, ou seja, ainda está longe de se classificar, mas esta decisão permite que a seleção de Haaland e Odegaard continue na corrida.
* AFP