Apenas metade das escolas públicas brasileiras trabalha com o tema do racismo em sala de aula, o menor patamar em 10 anos, mostra análise da organização não governamental Todos Pela Educação obtida por GZH nesta segunda-feira (24). Além disso, ano após ano, machismo e homofobia vêm sendo tratados cada vez menos por professores.
Os números indicam que, no início dos anos 2010, escolas brasileiras abraçavam debates sobre diversidade, mas o tema aos poucos perdeu espaço a partir da metade da década. Se, em 2015, um ápice de 75% das escolas brasileiras trabalhava projetos contra o racismo, a partir daí, o total cai ano após ano até chegar a 50,1% das instituições em 2021.
Machismo e homofobia também perderam espaço em sala de aula. Se, em 2017, quase 44% das escolas públicas brasileiras abordaram os dois tópicos, o número caiu para 25,5% em 2021.
O Todos Pela Educação é uma das maiores ONGs do Brasil na área de educação. Os dados analisados vieram de questionários feitos a diretores de mais de 66 mil escolas públicas pelo Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb), elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), entre 2011 e 2021.