Em uma categoria de negócios que atrai o maior volume de investimentos para foodtech em âmbito global, a BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, lança no Chile seu primeiro e-commerce B2B na América Latina (sem contar o mercado brasileiro). “O Chile é nossa maior operação nas Américas depois do Brasil. Queremos ampliar a base de atendimento pelo e-commerce, abrangendo localidades onde o vendedor não está presente hoje. Com isso, pretendemos dobrar nossa base localmente”, explica o head de vendas internacionais para as Américas da BRF, Leandro Monteiro.
Em parceria com a VTEX, plataforma de comércio digital para grandes empresas, a BRF visa ampliar as vendas dos seus principais produtos e impulsionar sua participação de mercado na região. A operação chilena é um projeto piloto e tem o objetivo de escalar para outros mercados. Neste sentido, a presença da VTEX em diversos países facilita replicar e escalar os negócios.
“Acreditamos no potencial deste novo canal comercial, criando uma jornada de compra omnichannel para clientes e vendedores”, reforça Erick Buzzi, vice-presidente sênior de vendas, marketing e alianças da VTEX.
A empresa quer ampliar sua base de atendimento pelo e-commerce, abrangendo localidades onde o vendedor não está presente hoje.
A BRF já trabalha com plataformas de comércio eletrônico para empresas (B2B) e para o consumidor final (B2C) no Brasil. As operações B2B são realizadas na plataforma central da BRF, que faz as operações de vendas de produtos para o mercado institucional, distribuidores e varejistas. A ferramenta permite aos clientes emitir pedidos, verificar o portfólio de produtos, consultar notas fiscais, gerar segunda via de boleto e acompanhar a entrega da mercadoria. Também oferece promoções exclusivas.
Além da Central BRF, a empresa fez uma parceria com a BEES, plataforma B2B da AB Inbev que permite a micros, pequenos e médios estabelecimentos se abastecerem com um clique. O aplicativo disponibiliza uma loja virtual própria da BRF, na qual é possível comprar qualquer produto da companhia. A BEES oferece mais de 350 produtos de 40 indústrias parceiras, em diversas categorias, além do portfólio da Ambev, para mais de 800 mil empreendimentos no Brasil.
O PAPEL DOS VENDEDORES NO B2B
Segundo o executivo da BRF, a plataforma B2B foi pensada para superar o desafio de oferecer, nos canais digitais, a experiência de compra altamente personalizada do mundo off-line. “A proposta é usar o histórico de compras e preferências dos usuários para inúmeras possibilidades de personalização”, explica.
A operação chilena é um projeto piloto e tem o objetivo de escalar para outros mercados.
A primeira compra no e-commerce será feita com auxílio presencial do vendedor. Com o tempo, os clientes passarão a realizar compras recorrentes de forma simples, com uma experiência prática e eficiente. A partir dessa evolução, o vendedor assume uma posição consultiva e estratégica, entregando mais valor e insights para os parceiros da BRF. Além disso, ele continua em contato constante com o cliente via plataforma. Assim, o novo canal de venda chega como um instrumento para potencializar a atuação do time comercial.
A plataforma prevê a oferta de produtos e preços, parametrizando volume de compras, descontos e interesses comerciais e promocionais localizados regionalmente. Esta é uma das práticas de negociação e parâmetros mais comuns nos relacionamentos comerciais entre as indústrias e o varejo, e está mantida no ambiente online.
Cada estabelecimento cadastrado no e-commerce da BRF tem acesso a uma loja virtual com condições de entrega, promoções e até exibição de produtos personalizados, além do contato do vendedor que o atende e todo seu histórico de compra off-line. Dessa forma, os usuários conseguem ver os produtos que compram com frequência e a tabela de preços.
“Além de ser um canal transacional, com exposição de novas ofertas, de segmentação de mercado e de relacionamento, o novo e-commerce também trará conteúdos e informações relevantes. A plataforma nos permitirá alcançar um público que hoje ainda não conseguimos no off-line”, complementa Monteiro.
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