Se você observar as imagens de satélite do mundo nos últimos cinco anos, verá que algumas mudanças são impressionantes: grandes áreas de floresta foram queimadas na Austrália, Rússia e Califórnia. No Egito, a expansão urbana do Cairo chegou às pirâmides de Gizé. A cidade que mais cresce no mundo – Gwagwalada, na Nigéria – também se espalhou pela natureza, em um padrão de crescimento urbano que se repetiu em todo o planeta. Na América do Sul, milhões de acres de floresta tropical foram perdidos na Amazônia.
Em um novo mapa global baseado nos dados do satélite Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia de 2017-2021, a empresa de mapeamento Esri criou uma renderização detalhada do estado atual do planeta que qualquer pessoa pode explorar. No passado, o mapeamento do uso do solo era lento, porque era feito pixel a pixel – o que requer um longo processo de revisão.
“Estamos sempre olhando para mapas com quase dois anos de atraso”, diz Sean Breyer, que gerencia o Living Atlas of the World (Atlas Vivo do Mundo), sistema no qual o novo mapa estará disponível e será atualizado anualmente. “Foi isso o que motivou a conversa com um parceiro de negócios, o Impact Observatory. Foi também o que nos motivou, a ponto de propormos: e se a gente reinventasse a maneira como construímos o mapeamento da cobertura da terra, para ser muito mais rápido e fácil de reproduzir?”, contou Breyer.
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