Barrinhas de cereais nos sabores banana e coco são o ponto de partida para a transformação positiva das favelas no Brasil. Este é o primeiro produto social que chega ao mercado, fruto da parceria da Nestlé com a Gerando Falcões, resultado de um trabalho de cocriação executado ao longo de quatro anos de relacionamento. O conceito do produto foi todo desenvolvido pela equipe de transformação digital da Nestlé, sob direção da Carolina Sevciuc, junto com o time da Gerando Falcões, somando cerca de 60 pessoas.
A proposta da Gerando Falcões é agressiva: transformar as favelas em peças de museu, como algo a ser retratado como uma fase da história do país e que não existe mais. Para isso, conta com o projeto Favela 3D (Digno, Digitais, Desenvolvidos), com quatro laboratórios no Brasil para a promoção de políticas públicas e tecnologia social, compondo um ecossistema com programas para superação da pobreza. As favelas hoje somam mais de 5 milhões de moradias, com mais de 14 milhões de habitantes, carentes de bons serviços básicos e de iniciativas que promovam o bem-estar social e econômico.
(Crédito: divulgação Nestlé/Gerando Falcões)
Já a Nestlé está presente em 99% dos lares nacionais, e tem longa experiência e acesso a muitos dados de mercado no setor de alimentos. A empresa conta com as bases fundamentais para compor iniciativas de novos produtos que atendam necessidades nutricionais e que sejam sustentáveis economicamente no longo prazo.
Segundo Eduardo Lyra, fundador e CEO da entidade, o trabalho desenvolvido junto com a Nestlé, criando o primeiro produto social, é um primeiro passo para a inclusão social. “O desafio inicial foi entender como poderíamos usar o core da Nestlé para criar um produto inovador, que representasse valor para a comunidade de baixa renda e que fosse sustentável”.
Após inúmeras avaliações de opções de alimentos, envolvendo toda a cadeia de produção, distribuição e pontos de vendas, ambas empresas chegaram ao consenso que a barrinha de cereais é o produto que melhor atenderá os objetivos sociais propostos no primeiro momento. “Todo o processo de avaliação das opções foi realizado em conjunto, envolvendo os times da Nestlé e da Gerando Falcões, até chegarmos juntos às barrinhas, às definições das embalagens e sabores”, declara Carolina.
(Crédito: divulgação Nestlé/Gerando Falcões)
O produto é o primeiro da empresa a ser enquadrado como social uma vez que 100% do lucro é revertido para a Favela 3D. Segundo Carolina, a Nestlé investiu inicialmente R$ 1 milhão, com intenção de ampliar com novos produtos e investimentos à medida que o projeto evolui. Outros produtos já estão no pipeline da empresa.
Ambas as empresas ainda não têm uma projeção de vendas para o produto e consequente benefício que será gerado para a Favela 3D. Para medir o impacto social, a Gerando Falcões conta com uma agência especializada em sustentabilidade que acompanha todo o projeto.
Na visão de Marcelo Melchior, CEO da Nestlé, a empresa está vivendo o poder do valor compartilhado. “A melhor forma de aprender é começar, testar. Avaliar o poder de engajamento, distribuição. Este é o primeiro de muitos outros produtos dentro da Nestlé. Queremos trazer resultados e demonstrar como exemplo para outras empresas que podem também transformar a vida das pessoas”, ressalta Marcelo. “Fazendo um exercício de projeção, se cada loja de varejo no Brasil tivesse uma gôndola só com produtos similares, contendo tudo o que uma casa brasileira necessita, com lucro destinado às favelas nacionais, seria um grande passo para reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida nas comunidades”, complementa.
Inicialmente as barrinhas Gerando Falcões estarão à venda somente online no Empório Nestlé, dentro do Mercado Livre, com o preço estimado de R$ 4 a 5.
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