Quatro mulheres agentes dos serviços especiais ucranianos, acusadas de preparar atentados na Rússia contra funcionários de alto escalão e alvos do setor de energia, foram detidas, anunciou nesta sexta-feira (7) o Serviço Federal de Segurança (FSB) russo.
"O FSB acabou com as atividades de quatro mulheres agentes, recrutadas pelos serviços especiais ucranianos", afirmou o organismo em um comunicado.
As detenções aconteceram em Sebastopol, na Crimeia anexada, Voronezh (oeste) e Rostov do Don (sul), afirma o comunicado.
As quatro mulheres "foram treinadas em território ucraniano para manipular armas de fogo, minas e explosivos e para conduzir drones, para cometer atos de sabotagem e terrorismo contra funcionários de alto escalão do Ministério da Defesa e alvos energéticos", afirmou o FSB.
As mulheres, que "confessaram" os crimes, podem ser condenadas a até 30 anos de prisão, segundo o comunicado.
Desde o início da ofensiva na Ucrânia, em fevereiro de 2022, várias personalidades russas ou pró-Rússia foram vítimas de atentados, a maioria atribuídos ou reivindicados pelos serviços secretos ucranianos.
O mais recente foi o assassinato do general Igor Kirillov em Moscou em dezembro.
Desde 2022, as autoridades russas também aumentaram o número de detenções por "espionagem", "traição", "sabotagem", "extremismo" e "desprestígio do exército", que geralmente resultam em penas de prisão muito severas.
Desde fevereiro de 2022, milhares de pessoas foram sancionadas ou detidas por manifestar sua oposição à ofensiva na Ucrânia.
* AFP